INTROSPECÇÕES

Esforço-me por me manter fiel aos meus pricipios, e por fazer o que está correcto, mas questiono o porquê de seguir esses principios, regras que a sociedade considera basilares e estruturais na formação de cada individuo, quando muitos os desvalorizam.
Esta manhã, lá estava eu na filinha pirilau para o café, aguardando a minha vez para pagar e pedir o que iria consumir quando não uma, nem duas, mas sete pessoas resolveram ser mais expeditas que eu e gritar o que pretendiam à senhora atrás do balcão. É fácil adivinhar quem foi a última a ser atendida. Valerá a pena seguir as regras e esperar ordeiramente pela minha vez?
Tento que a revolta pela desconsideração não me consuma, mas dou comigo a pensar que a vida em geral funciona mais ou menos assim. Há sempre alguém que se considera mais inteligente que os demais, e que consegue contornar as regras e atingir os seus objectivos, mas nem sempre o facto de saber que se está a agir bem nos serve de consolo.